tablonero

in search of the ultimate wave

Tablonero en acción

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Corralitos de Sta. Lucía, 24.5.2005

Association of Surfing Professionals (ASP)
Foster's Men's World Tour
Women's ASP World Championship Tour
Teahupoo, Tahiti, May 5th - 17th, 2005.

SLATER RE-WRITES THE RECORD BOOKS WITH TWO PERFECT TENS TO WIN THE BILLABONG PRO TAHITI



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Andalucía

Carnaval, sangría, paellas, bocatas, tapas, mujeres espectaculares. Un buen lugar para vivir y surfar

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Y mirá que mar

Billabong Pro, Tahiti
Occiluppo

An interview to Mark Occiluppo by Gezza Blake

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Idaho avalanche kills 2 Gonzaga students


WALLACE, Idaho -- Two snowboarders from Gonzaga University in Spokane were killed in an avalanche while snowboarding south of Mullan, Idaho, the Shoshone County Sheriff's Office said.

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Mirando de arriba

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El sitio de Tim McKenna, tiene una serie de tomas para cortar el aliento

El primer surfero
Entrevista a Osmar Gonçalves, quien se considera el primer surfero de Brasil
O surfista pioneiro
por Dejair dos Santos

Osmar Gonçalves

Ele foi o primeiro de todos. O primeiro no Brasil a pegar ondas. Das páginas de uma revista, fez do sonho uma realidade. Seu pioneirismo abriu o caminho para que, hoje, no limiar do terceiro milênio, alguns milhões de brasileiros tenham o prazer de "andar sobre as águas".
Nascido em 14 de setembro de 1922, Osmar Gonçalves tinha 16 anos, quando entrou para história do surf, ao ser o primeiro brasileiro a pegar ondas. E, infelizmente, em 30 de abril deste ano de 1999, o surf brasileiro perdeu uma parte significativa de sua história. Vítima de um câncer que o afligia há algum tempo, faleceu em Campinas aquele que veio a ser o primeiro dos surfistas brasileiros. Bem antes dos pranchões tomarem de assalto as ondas do Rio de Janeiro, nos dourados anos 50, o santista Osmar Gonçalves correu as primeiras ondas de que se têm notícia no Brasil.
Entre dezembro de 1938 e janeiro de 1939, Osmar e mais o amigo João Roberto Suplicy Haffers, o Jua, construíram uma prancha de 12 pés (três metros e 60 centímetros) e 80 quilos, com a qual surfaram por uns seis anos aproximadamente. Pouco antes de falecer, em uma entrevista (texto na íntegra) aos alunos da Faculdade de Educação Física e Esportes da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), de Santos, Osmar falou com saudade do seu pioneirismo e dos bons tempos de surfista. "Os afazeres profissionais acabaram me roubando a chance de continuar a surfar, mas por toda a minha vida jamais esqueci do doce e incomparável prazer de correr uma onda", firmou. "Daquela época não restaram apenas as fotos e as lembranças: o fato de ter sido o primeiro a surfar no Brasil sempre me deixou envaidecido, orgulhoso por ter sido o pioneiro, um desbravador que abriu o caminho para que milhões viessem a integrar, nos dias de hoje, essa alegre tribo de nômades, que correm o mundo atrás do Sol e das ondas".
Surfando en Santos

Osmar Gonçalves, que teve sua imagem perpetuada na torre da Escolinha Radical de Santos, a primeira escolinha pública de surf criada no País, por uma iniciativa dos surfistas e professores de Educação Física Cisco Araña e Marcello Arias, deixou de surfar, mas jamais abandonou a paixão pelo mar. Praticamente até o final de sua vida velejou a bordo de grandes barcos da Classe Oceano.

Período áureo - Osmar e seus amigos tiveram a chance de viver em Santos em um período áureo sob o ponto de vista econômico. Ele chegou a admitir que não fosse o fato de ter nascido em uma família de posses, ligada ao até então próspero comércio cafeeiro, jamais teria tido a chance de construir sua prancha. Era uma prancha oca, uma pioneira isolada, mas percussora de várias gerações de pranchas e surfistas. "Gastamos muito dinheiro com o projeto", tirado de uma revista americana, a Popular Mechanic, que me deixou entusiasmado". O projeto extraído da Popular Mechanics nada mais era do que a cópia de um trabalho do norte-americano Tom Blake, o homem que entrou para a história ao diminuir tanto o peso quando as dimensões das pranchas de surf, ainda nos anos 20, quando foi residir no Havaí. Mas foi próximo do final da década de 30 que o surf aportaria nas praias do Brasil. Naquela época, os esportes de praia agitavam a galera. Osmar e os amigos jogavam peteca e nadavam, além de praticarem jiu-jitsu, esporte que só repercutiria entre os surfistas entre os anos 70 e 80. Ao lado do amigo Jua, Osmar seguiu as orientações dadas pela revista e colocou em prática um projeto que resultaria na primeira prancha brasileira de surf. Com o apoio técnico do engenheiro naval Júlio Putz, os dois foram atrás do material necessário. Compraram a madeira indicada (tábuas de cedro de quatro metros) e tocaram o projeto. Seguindo as dicas do amigo Putz e as orientações da revista, produziram uma prancha de 3,60 metros, 80 quilos de peso, oca e costurada com parafusos de latão de boa qualidade. Ela foi bem polida e tinha um pegador na rabeta. Isso porque na época não havia cordinha e a prancha, apesar de uma boa flutuação, era pesada e constantemente arremetida para longe após uma onda. "Para não perdê-la, colocamos esse pegador e quando escapava deslizávamos até a rabeta e segurávamos rapidamente". Para Osmar, o mais difícil não foi construir a prancha. O duro foi aprender a surfar: Sílvio Malzoni, que também viria a fazer parte do grupo, não encarou a coisa com a esportividade necessária e logo desistiu. Jua e Osmar, após assistirem a alguns filmes de surf - coisa rara na época - resolveram insistir no duro aprendizado. Depois de uma seqüência incalculável de tombos, eles acabaram dominando a técnica, mesmo que, inicialmente, de uma maneira rudimentar. Assim, no verão de 38/39, os freqüentadores da Praia do Gonzaga, nas proximidades do Canal 3, em Santos tiveram a chance de ver uma dupla de malucos tentar ficar de pé sobre uma embarcação esquisita, que atendia pelo nome de prancha havaiana. Grande e pesada, a prancha era difícil de ser manobrada. O maior prazer de ambos resumia-se a ficar de pé e deslizar sobre as pequenas marolas. O local da primeira prática de surf no Brasil, já nos anos 30, era um ponto chique, freqüentado pela fina flor da sociedade. Osmar chegou a admitir que, por traz do prazer de pegar ondas, existia uma segunda (provavelmente a primeira) intenção: atrair e despertar o interesse das garotas.

Osmar não escondia o entusiasmo a contar sobre suas performances: "Ficávamos de quatro a cinco horas no mar, para pegarmos de quatro a cinco ondas. Mas valia a pena. As meninas nos achavam corajosos. Saíamos da água cheios de energia e carregando aquela prancha enorme. Não tem mulher nenhuma que resista a isso".

De carona - Para completar o quadro, Osmar e Jua usavam shorts americanos com estampas havaianas, famosos na época, da marca Jantzen. "Eram o máximo. As garotas adoravam e até dávamos carona a algumas delas, a bordo de nossa prancha". Osmar contou que no período em que praticou surf, muita coisa aconteceu, muitas histórias rolaram, mas que uma delas, particularmente, lhe chamou mais atenção: "No verão de 41, conheci um cinegrafista americano, que me pediu para pegar ondas nas proximidades da praia, pois tinha interesse em utilizar aquelas imagens em um filme promocional que estava realizando. Fiz tudo o que ele me pediu, mas depois disso nunca mais o vi", afirmou. "Muitos anos depois, quando regressava dos Estados Unidos, juntamente com minha esposa, no navio Uruguai, assistimos no cinema de abordo a um filme comercial sobre turismo em Santos. Em determinado momento, ficamos espantados e depois rimos bastante diante das imagens de um sujeito surfando. Um sujeito que não era outro senão eu mesmo. Virei garoto-propaganda sem saber. Foi muito engraçado. Há quatro anos, Osmar Gonçalves esteve pela última vez em Santos, para ser homenageado pelos alunos da Escolinha Radical. Naquela oportunidade, ele recebeu uma estatueta feita pelo artista plástico santista, Santana.

O que mais emocionou Osmar foi o fato da escultura em pedra ter lhe sido entregue pelo mais idoso aluno da escolinha, Euclides Camargo, na época com 76 anos. "Foi incrível perceber que o nosso pionerismo resultou em toda essa paixão pelo esporte e pela vida".

Osmar dá sua última entrevista aos alunos da FEFESP/UNISANTA Pouco antes de falecer, Osmar Gonçalves concedeu sua última entrevista aos alunos do segundo ano da Faculdade de Educação Física de Esportes (FEFESP), da Universidade Santa Cecília, de Santos, a primeira no Brasil a incluir o surf como disciplina curricular. Os alunos da FEFESP têm como professores outros dois pioneiros: Cisco Araña e Marcello Arias, os primeiros a levarem o esporte para os bancos escolares: em 95, eles ministraram um curso de extensão universitária, também em Santos, na Faculdade de Educação Física da extinta UNICEB.

A integra da entrevista:

P- Qual sua importância na história do surf em Santos?
R- Fui o primeiro surfista do Brasil, em 1938, em Santos.

P- Qual a importância que o surf exerceu em sua vida?
R - É um prazer, uma sensação de liberdade.

P- Caso a Universidade Santa Cecília venha a desenvolver um museu do surf, o senhor teria algo para doar?
R- Somente cópias de fotos e fitas de vídeos.

P- Há quanto tempo o senhor surfa?
R - Surfei de 1938 a 1968, trinta anos aproximadamente.

P- Qual a idade ideal para se iniciar na prática do surf?
R - Quinze anos.

P - Como o senhor iniciou sua carreira e quem o incentivou?
R - Ninguém me apoiou. Eu fiz a tábua havaiana, como as pranchas de surf eram conhecidas na época, baseado num desenho publicado pela revista Popular Mechanics (Mecânica Popular), uma revista norte-americana.

P - Qual a dica que o senhor daria para os iniciantes do surf?
R - Eu diria para que eles tivessem coragem e perseverança.

P - O que o senhor pensa das pessoas que começam a surfar aos 70 anos?
R - Acho formidável.

P - Qual sua opinião sobre o aprimoramento e divulgação do surf no Brasil?
R - Acho que, em termos de surf, o Brasil é um dos países mais avançados.

P - Muitas pessoas ainda pensam que surfista significa malandro. O que o senhor acha disso?
R - Essa é uma idéia complemente falsa, um preconceito.

P - O que o senhor acha do surf como matéria de faculdade?
R - Acho uma matéria interessante, como modalidade desportiva, principalmente em faculdades de Educação Física que estão localizadas perto do mar, como em Santos.

P - Como o senhor encara o preconceito que cerca a mulher surfista?
R - Hoje em dia, acredito que não existam mais preconceitos com relação à mulher como esportista.

P - O senhor residindo no Interior sente saudade do mar?
R - Claro. Afinal, fui criado à beira-mar.

P - Deixe seu recado para os alunos da faculdade e praticantes do surf.
R- Pratiquem o surf e aproveitem a vida.

Essa entrevista foi concedida cerca de um mês antes da morte de Osmar. Na época ela já dava sinais da fragilidade de sua saúde.

Jua e Osmar

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Correr una mole


Cuando corrés olas gigantes no podés mirar atrás. No sólo porque te amedrente la masa que se te viene, tampoco te podés permitir la distracción. Cada microsegundo de concentración es la diferencia entre surfar y convertirte en una bolsa de huesos informe. Los errores se pagan con la vida, y no hay segunda oportunidad

Cheyene Horan